A sexta-feira (21) foi marcada pela reabertura de bares e restaurantes no período noturno em Campinas (SP). Apesar da liberação, que faz parte do plano de retomada da economia durante a pandemia do coronavírus, o movimento de clientes foi discreto no primeiro dia.
De acordo com o decreto publicado na manhã de sexta, os estabelecimentos passam a estar autorizados a permanecerem abertos durante oito horas diárias, podendo dividir o funcionamento para almoço e jantar, sendo das 12h às 16h e das 18h às 22h.
Os locais precisam continuar seguindo as normas sanitárias para evitar o contágio de funcionários e clientes, como manter o distanciamento e a capacidade máxima em 40%, exigir o uso obrigatório de máscaras por parte de todos, com exceção ao momento da refeição, e garantir a distribuição de álcool em gel.
Além dessas medidas, um dos restaurantes visitados pela EPTV, afiliada da TV Globo, adotou ainda cardápios virtuais para diminuir a interação entre garçons e clientes, enquanto outro também distribuiu luvas descartáveis para os visitantes.
Paulo Henrique de Lima, dono de um desses estabelecimentos visitados, destacou a importância da possibilidade de ampliação do horário.
"Só o almoço fica uma coisa capenga dentro do nosso ramo de negócios. Então, fundamental essa possibilidade de dividir os períodos."
Sócio de um outro bar, Dino Ramos explicou que as regras devem ser seguidas com rigidez por parte de todos.
"Primeiramente, nossa equipe está treinada a orientar o cliente. Se o cliente continuar com a mesma postura, a gente, infelizmente, deixa de fazer o atendimento."
Restaurantes devem garantir o distanciamento entre os clientes — Foto: Reprodução/EPTV
Além do fato de ser o primeiro dia de reabertura durante a noite, as baixas temperaturas registradas na metrópole podem ter influenciado no pouco movimento. No entanto, o advogado Luis Carlos Auricchio decidiu enfrentar as condições e reforçou a necessidade do respeito aos protocolos.
"Uma nova realidade que nós precisamos enfrentar, mas quando a gente tem essa consciência e sabe que o estabelecimento também tem essa consciência, a gente sente confiança. A gente ficou muito tempo parado, sabemos que alguns bares e estabelecimentos conseguiram sobreviver, e outros não, mas o retorno depende de uma responsabilidade de todo mundo", ressaltou.
(EPTV e G1 Campinas)